Gzira

Gzira, que significa ilha em maltês, recebe o seu nome de uma pequena ilha que fica nas suas margens dentro do Porto de Marsamxett. Uma pequena ponte conecta o continente com a Ilha de Manoel, uma das características mais interessantes desta área.

A Ilha de Manoel, embora desabitada exceto por uma comunidade de patos que vivem na vila dos patos logo após a ponte, tem uma história interessante e um número de edifícios históricos que testemunham isso. Um hospital de quarentena conhecido como Lazzaretto foi construído pelos Cavaleiros de Malta em 1643 na tentativa de controlar as epidemias de peste e cólera. O magnífico Forte de Manoel foi construído em 1726 pelo Grão-Mestre António Manoel de Vilhena, em cuja homenagem a ilha recebeu o nome. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Ilha de Manoel foi usada como base naval pela Marinha Real Britânica. Uma rede de abrigos de guerra subterrâneos se conecta ao hospital, e diz-se que um túnel subaquático o liga a Valletta, porém não há evidências claras disso. Estes abrigos não estão abertos ao público em geral. A Ilha de Manoel também possui um estaleiro e instalações de reparação, bem como uma marina de iates com 420 postos de atracagem.

À esquerda da ponte da Ilha de Manoel, você se encontrará nos Jardins de Gzira e no parque infantil. Caminhe ao longo do passeio marítimo em direção a Ta' Xbiex e admire a fileira de iates caros atracados lá.

Na outra direção, caminhe ao longo de um belo trecho de passeio marítimo, conhecido como The Strand, que leva aos Ferries de Sliema e a um dos maiores e de boa qualidade centros comerciais das ilhas. Daqui também pode desfrutar de vistas deslumbrantes das fortificações de Valletta, que são iluminadas à noite.

Os edifícios residenciais começaram a ser erguidos em Gzira apenas no meio do século XIX e tornou-se uma Paróquia em 1921, com Nossa Senhora do Monte Carmelo como sua Padroeira. No entanto, a emergente cidade de classe trabalhadora foi invadida por marinheiros britânicos durante o período em que a área era uma Base Naval, o que deu origem à prostituição em suas ruas. Até hoje, a Rua Testaferrata mantém uma imagem de distrito de luz vermelha no pensamento popular.

Gzira mudou significativamente ao longo dos anos, com novos blocos de apartamentos substituindo os edifícios mais antigos. Procure por áreas onde ainda é possível encontrar casas caracterizadas por varandas tradicionais maltesas de madeira. A área também atraiu várias pequenas comunidades étnicas, principalmente indianas, paquistanesas e norte-africanas, que se integraram com os estudantes universitários e famílias que vivem aqui. Hoje Gzira é uma cidade residencial muito procurada com todas as comodidades, localizada centralmente perto de Sliema e da capital Valletta, próxima ao mar e à Universidade de Malta.